Andei
pesquisando a diferença entre protetores solares químicos e físicos e achei uma matéria
maravilhosa escrita pela dermatologista Tatiana Gabbi. Segue uma parte da matéria:
“Os
filtros físicos, também conhecidos como inorgânicos, são partículas derivadas
de metais, ou óxidos metálicos, que atuam através de mecanismos ópticos,
refletindo ou dispersando os raios solares. Os principais filtros físicos são o
óxido de zinco e dióxido de titânio. Atualmente, eles estão disponíveis também
em nanopartículas, o que confere uma coloração mais discreta do que a das
formulações anteriores, que deixavam a pele com aspecto esbranquiçado ou
acobreado. Em geral, eles são associados aos filtros químicos ou orgânicos para
uma melhor cobertura em relação ao espectro de raios ultravioleta. A vantagem
desse tipo de filtro é que são mais estáveis e pouco penetram a pele, sendo ideais
para os pacientes alérgicos e com sensibilidade cutânea elevada.
Já os
filtros químicos são moléculas que absorvem a radiação ultravioleta, através de
reações químicas, "entrando" na frente dos pigmentos cutâneos em sua
avidez por energia solar. Dessa maneira, eles absorvem essa radiação, impedindo
que ela atinja as células da pele. Dependendo da faixa que cada molécula atue,
ele será considerado um filtro solar de amplo espectro (atua na faixa do UVA e
UVB) ou exclusivo UVA ou UVB. Em geral, os filtros solares comercializáveis
contêm mais de uma molécula para atuarem em uma faixa mais ampla. No entanto,
em relação aos filtros físicos, eles possuem uma menor estabilidade, visto que
"saturam" a sua capacidade de absorver energia ao longo do tempo, necessitando
reaplicações frequentes, caso a exposição se prolongue. Além disso, esse filtro
solar pode penetrar a pele e reagir com ela, levando a reações alérgicas e
fotoalérgicas (deflagradas pelo próprio sol).
Quem deve
usar cada um dos tipos
Pelo exposto
acima, fica claro que os filtros físicos são os mais adequados para gestantes e
crianças, além de os já mencionados pacientes com alergia prévia a filtros
solares e aqueles de pele sensível ou sensibilizada por procedimentos
dermatológicos.
No entanto,
para os pacientes que não tenham esse tipo de restrição ou que apresentem
doenças cutâneas tais como: câncer de pele prévio, urticária solar, lúpus,
manchas de pele e pele muito clara, que sofre com queimaduras solares, o filtro
solar de amplo espectro pode ser mais indicado, e os filtros químicos,
associados ou não aos físicos, são uma alternativa mais interessante. Pacientes
com pele morena, ou extremamente oleosa, se beneficiam dos filtros químicos,
sendo que, nesses últimos, podemos optar por uma associação dessas substâncias
com ingredientes que absorvem oleosidade, sem comprometimento da ação
fotoprotetora.”
Que
legal, não?
Muita
aula de química, mas de uma maneira bem interessante, né. Adorei.
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